O Cruzeiro do Sul é uma constelação icônica para todos os viajantes do hemisfério norte que, em sua ânsia de ver a constelação, precisam se deslocar para as latitudes ao sul ou para perto do equador. Para os povos do hemisfério sul, sempre foi de vital importância tanto que está presente em várias bandeiras nacionais, inclusive na do Brasil. É a menor constelação que conhecemos: apenas um pequeno grupo de estrelas, mas que têm muito charme. Se seguirmos o eixo principal da cruz e a partir de sua base prolongarmos 5 vezes seu tamanho, podemos encontrar o polo sul celestial.
Os antigos gregos e romanos identificaram facilmente as estrelas do Cruzeiro do Sul porque o eixo da Terra estava inclinado de uma forma mais favorável à observação do céu em direção ao horizonte sul naquela época. Devido à precessão do eixo da Terra, será visível nos países mediterrâneos da Europa novamente apenas por volta do ano 13.000.
Ao leste de Acrux e abaixo da Mimosa, podemos encontrar uma nebulosa muito escura conhecida como “Nebulosa do Saco de Carvão”, facilmente vista a olho nu. Parece-se com um 'buraco' na Via Láctea. Trata-se de uma área de poeira que nos impede de ver as estrelas nas profundezas de nossa Galáxia. Fica a pouco mais de 600 anos-luz de nós.
NGC 4755, conhecido como “Caixa de Joia”, é um aglomerado aberto visível a olho nu. Mas se você tiver a ajuda de um par de binóculos ou um de pequeno telescópio poderá diferenciar as 300 estrelas multicoloridas que o compõem. É um dos aglomerados mais jovens que conhecemos. Tem 14 milhões de anos de idade e fica a 6.400 anos-luz da Terra.